sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Ausência

Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar os teus olhos que são doces
Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto.
No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.
Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado.
Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados
Para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada
Que ficou sobre a minha carne como nódoa do passado.
Eu deixarei... tu irás e encostarás a tua face em outra face.
Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada.
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui o grande íntimo da noite.
Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa.
Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço.
E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado.
Eu ficarei só como os veleiros nos pontos silenciosos.
Mas eu te possuirei como ninguém porque poderei partir.
E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas.
Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serenizada.

 Autor:Vinicius de moraes


Quem sou eu

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UBERABA, mg, Brazil
Há sempre uma beleza rara Nesse ser tão menina tão mulher Se não posso dedilhar versos de dor Posso ser apenas eu Iluminar teu dia com o sol Sutilmente abraçar-te molhada Ser tua estrela, tua musa Entregar-me a ti para Compor-me em teus versos Versos de amor tão raro Escritos nessa noite mágica E nos teus olhos Refletir-me na imagem desse amor Por que amar É mais que fazer amor Vim te namorar Derreter-me em teus doces beijos Ser sua flor delicada Perder-me em você E nesse amor ardente, quente Tudo irradia quando me toca Nesse momento sou sua eternamente Deitados na relva molhada numa noite cheia de ESTRELAS...

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